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segunda-feira, 9 de abril de 2012

O cuidar como profissão do futuro


Área da saúde compõe as principais profissões do futuro

No Brasil, profissionais se preparam para fazer parte desse mercado.
O futuro do mercado de saúde brasileiro se desenvolve agora, diante de nossos olhos. As novas tecnologias estão cada vez mais incorporadas na realidade da indústria e hospitais, e os profissionais têm mais  interesse em atender às demandas de um mercado promissor, que cresce junto com o avanço da expectativa de vida e da exigência por qualidade na rotina de quem envelhece. Quem pretende fazer parte do amanhã precisa começar a se preparar hoje mesmo. 


Cuidando de gente

Ao mesmo tempo em que a inovação e a tecnologia são as chaves para o futuro, a necessidade de companhia para realizar tarefas cotidianas também é lembrada pela pesquisa do Bureau of Labor Estatísticas. O assistente de saúde e o assistente de saúde pessoal, em terceiro e quarto lugar na lista, fazem parte das carreiras em destaque no mercado futuro.
No levantamento, o que difere uma carreira da outra é que o assistente de saúde pessoal não pode administrar medicamentos ou operar equipamentos médicos. Fora isso, ambos têm a função de cuidar dos pacientes em suas casas ou lares especializados e de repouso, preparando refeições, fazendo tarefas domésticas e dando banho nos pacientes, bem como outras atividades que exijam acompanhamento.
Marco Imperador é diretor da Home Angels, empresa especializada na indicação de franqueados para atender essas necessidades em todo o País. Imperador afirma que o futuro já chegou para os cuidadores brasileiros. “A busca pelo envelhecimento saudável cria mercados promissores para especialistas da área de saúde agora e no futuro”.
O executivo explica que o papel do cuidador é preservar a rotina familiar. Ele assume o lugar antes ocupado por esposas, mães e outros parentes, principalmente mulheres. Com o desenvolvimento do mercado de trabalho feminino, que tirou a mulher do papel exclusivo de cuidar da família, é preciso ter um profissional com conhecimentos adequados, mas também carinho e respeito, para auxiliar pessoas enfermas ou idosas.
Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, a cada 10 pessoas que ligam para a Home Angels diariamente para pedir indicações de franquias de cuidadores, a empresa consegue atender apenas duas. “Para as outras oito não há profissionais capacitados que estejam próximos da residência do cliente”.
O mercado oferece oportunidades, mas não é qualquer um que pode ser cuidador. Os conhecimentos técnicos não são suficientes para esse profissional: é preciso ter aptidão, pois a carreira exige a criação de vínculos com o paciente.
A média salarial é de cerca de R$ 1.800, mas pode chegar a R$ 6 mil em casos de supervisão de equipes. Para se especializar, há cursos técnicos disponíveis, com duração de dois anos. “Na Home Angels, por exemplo, complementamos esses cursos com nosso próprio treinamento”.
O mercado de saúde brasileiro está cheio de oportunidades em todos os campos, dos assistenciais aos tecnológicos, em sintonia com os mercados mundiais. Para pegar carona no futuro, porém, é preciso dedicação e estudo para formar profissionais prontos para encarar o desafio do amanhã.